Conversas com a Margarida

Já falamos por aqui na importância de ser criança, de abrandarmos o ritmo para que possamos ver as nossas crianças...e também sobre como o tempo passa rápido e que por vezes não nos apercebemos…

Hoje sugeria refletirmos sobre o conceito de mimar… uma vez que ouvimos muitas vezes “é mimado e por isso é pouco autónomo, ou independente.”

Ora as palavras criança e independente na mesma frase poderá deixar-nos de pé atrás, porque o significado de criança, é descrito não só pela idade, mas por ser um ser-humano, dependente de outro. Por isso esta autonomia deve ser bem ponderada.

Claro que queremos crianças, desenvencilhadas, que sejam estimuladas (por nós) o suficiente para pensarem e arranjarem as suas próprias estratégias, para poderem errar e terem um colo, um lugar seguro onde recorrer. E que no fundo sejam capazes de tranquilizar o nosso coração com a ideia de que “estão preparadas para enfrentar o mundo”.

O mimo, faz parte desta segurança para terem disponibilidade para pensar, explorar e desenvolver aptidões para experienciar o mundo. E mimo é essencial, sentirem-se amadas e acolhidas.

Agora mimar na vertente de tirar autonomia, aqui e que “a burra torce o rabo!!”! Quando não as dotamos (crianças) de saber apertar os sapatos, andar de bicicleta e deixar que caiam, desafia-las a comer com dois talheres, ou até a participar nas tarefas de casa…aqui sim, não os estamos a preparar da forma mais completa….

E reparem, se incluírem os mais pequenos em simples tarefas, acabam por: não atrasar tarefas em casa, promover auto-estima – pois as crianças sentem-se úteis e importantes, contribuir para preparação mais enriquecedora para o futuro, a começar na vida quotidiana.

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A importância da Escrita Manual na Infância